terça-feira, 8 de dezembro de 2009

POBREZINHO NASCEU NO BRASIL


Cai-me dos olhos a lágrima esquecida
dos amargos Natais da minha infância
que ficou presa no tempo, mal contida,
mas que hoje se livra da inconstância

Fluindo por meu rosto até o coração
sou mais uma vez o menino sem presente,
aquele a quem tudo faltava, mesmo o pão,
não quero mais desses natais novamente

Mas não pude deixar de entristecer-me
porque hoje, embora eu tenha tudo
e isso nunca mais possa acontecer-me

Dou graças, porém para tantas crianças
esse Papai Noel continua surdo
e o Natal é somente longínqua esperança

6 comentários:

Ana Maria disse...

Principalmente quando criança, já passei Natal sem presente, enquanto via minhas amiguinhas exibirem os seus.
Assim acontece com muitas crianças.
Beijos!

Gabiprog disse...

Ojala la navidad se prolongue mucho tiempo para todas esas personas que necesitan un aliento de esperanza.

Un abrazo.

Lara Amaral disse...

Li hoje sobre o mesmo tema num outro blog que acompanho. A poetisa escreveu de forma diferente de vc, e achei lindas as duas formas retratadas, apesar do tema triste e realista.

Devemos mesmo dar graças por ter um natal colorido, pois tantos passam-o em branco.

Sempre muito bons seus texto, Gilbamar.

Parabéns.

Beijos.

Meg disse...

Pobrezinho nasce em qualquer sítio do mundo....tristeza é a que dois terços do mundo ignorem pelo menos um terço.
um belo poema beijinho
Meg

Je Vois La Vie en Vert disse...

Que pena tenho eu que o Pai Natal não existe mesmo !

Todos os anos, os meus filhos davam um brinquedo para os meninos que não tinham escrito ao Pai Natal seja porque não sabiam escrever seja porque não tinham canetas.

beijinhos

Verdinha

Unknown disse...

Lindo soneto a assinalar uma data de amor e fraternidade. O meu sonho, o seu e provavelmente o de muita gente é que fosse Natal todos os dias, mas parece estar muito longínquo, infelizmente!

Beijinhos,
Ana Martins