sábado, 8 de setembro de 2007

SONETO


Desce a noite


Atirando pedras na lua que nasce
E despertando estrelas adormecidas
Agarro a noite antes que disfarce
As sombras do dia encanecidas


O manto noturno já cobre o dia,
Decrépito e velho o sol se foi
Acenando para os astros, ele ria
Chorando no íntimo, saudade dói

Enche a terra um ar denso e cálido
Que deixa o céu enuviado e flácido
Espalhando um aspecto tristonho

Mas fico tão enamorado do luar
Beijando insinuante as ondas do mar
Que me pego com o rosto risonho

Nenhum comentário: