domingo, 9 de dezembro de 2007

MUNDO DOIDÃO - II


É coisa surpreendente
Tanta mudança no mundo
Parece que o Universo
Virou um saco sem fundo
A continuar desse jeito
Quem não tiver defeito
Some num rio profundo

Vejam só o que acontece
Com a vida atualmente
Faz de conta que jogaram
Do absurdo a semente
Para deixar a existência
Ajoelhada em penitência
E primitiva novamente

É homem usando sunguinha
Exibindo a bunda feia
Espertinhos de binóculo
Olhando a mulher alheia
E só o trabalhador pobre
Que não tem sangue de nobre
Permanece na cadeia

Quer coisa mais enxerida
Do que campo de nudismo
Duas meninas se beijando
E pegando impaludismo?
Imagine que o político
Vendo seu povo raquítico
Se esmera no sadismo!

Mas não pense que é só isso
Está tudo de pernas pro ar
Eu já fico imaginando
Como a coisa vai acabar
Se não tem político honesto
E a todos eles eu detesto
Por que tenho que votar?

E homem usando brinco
Enfeitado com fitinha
Balançando a poupança
Coisa assim de mariquinha
Que arrebita a rabichola
Veste a linda camisola
Querendo ser mulherzinha?

Infelizmente existe, sim
Não é possível esconder
Dê uma olhada nas ruas
É coisa de enlouquecer
Um parafuso está solto
O universo anda revolto
A máquina vai se perder

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