segunda-feira, 7 de abril de 2008

SEM QUALQUER TEMOR

Doravante não me quedarei ante o espanto
E não revelarei os meus segredos,
Os tantos transpostos para o recôndito
E expostos outrora pelos inúmeros medos

Destarte, ousado, afirmo: não me calarei
Enquanto entre os homens houver injustiças
E, mesmo que me desencante com o que já sei,
Não permitirei que me amordacem as críticas

Serei como os bambus que, com o vento, se dobram
Mas não cedem ao temor e nem se quebram,
Por mais que urre o vendaval nas pradarias
Resistirei firme sem qualquer receio das sangrias

E embora me magoem profundo afiados facões,
Rasgando-me a carne e rompendo-me os tendões,
Resistirei com estoicismo e tenaz firmeza
Pois para mim a esperança é a única certeza

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CHORA APENAS TEUS DESEJOS

Equivocas-te ao chorar por mim
Pára esse pranto, não mereço tuas
lágrimas não passo de vaso ruim
Que não quebra mesmo em chamas

Que não se abala com tuas queixas
E desvia o olhar, indiferente;
Se, a voz embargada, me acusas
Conciliadora - só te ouve e nada sente

Que teu marejar seja corolário de
Teus anelos,nunca tola saudade
De quem te amar nunca soube
Procura alguém que te ame de verdade

Chora, mas chora apenas teus desejos
Não por mim nem por meus beijos
Guarda tuas lágrimas, me esquece
Abafa esse sentimento, arrefece

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