sexta-feira, 20 de junho de 2008

SEM QUALQUER TEMOR




Doravante não me quedarei ante o espanto
E não revelarei os meus segredos,
Os tantos transpostos para o recôndito
E expostos outrora pelos inúmeros medos
*
Destarte, ousado, afirmo: não me calarei
Enquanto entre os homens houver injustiças
E, mesmo que me desencante com o que já sei,
Não permitirei que me amordacem as críticas
*
Serei como os bambus que, com o vento, se dobram
Mas não cedem ao temor e nem se quebram,
Por mais que urre o vendaval nas pradarias
Resistirei firme sem qualquer receio das sangrias
*
E embora me magoem profundo afiados facões,
Rasgando-me a carne e rompendo-me os tendões,
Resistirei com estoicismo e tenaz firmeza
Pois para mim a esperança é a única certeza

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