sábado, 2 de outubro de 2010

UM LIVRO MÁGICO

O escritor espanhol Carlos Luis Zafón escreveu um romance de tirar o fôlego dos amantes da literatura. Para quem inicia a leitura do grandioso e fustigante relato pensando em encontrar apenas mais uma estória para passar o tempo numa fila de banco ou na sala de espera do aeroporto é uma verdadeira revelação e um grande impacto. Porque a partir da primeira página ninguém consegue mais parar de ler. Com a maestria de quem tem talento, dom, capacidade e o domínio da arte literária, Zafón vai desenvolvendo seu texto num crescendo, de maneira hábil, como a montar um delirante quebra-cabeças de milhares de pequeninas peças e quase sem deixar pistas do que vai acontecer no capítulo seguinte. 
 
É um livro denso, empolgante, daqueles que começamos a ler à noite, os olhos esbugalhados e atentos, a mente concentrada no desenrolar do contexto e só paramos na última página, o dia já claro. O personagem principal do romance chama-se Daniel, mas o realce da trama é dado principalmente ao livro e ao encanto que esse produto da inteligência humana produz em todos nós seus admiradores fanáticos. De tão mágico, misterioso, sobressaltante e, até mesmo, sobrenatural, A Sombra do Vento desperta aquela ânsia natural de chegar à conclusão da estória para compreender as razões e os porquês de todo o emaranhado de acontecimentos que por muito pouco não explodem diante de nossos olhos, tamanha a força do relato.
 
O enredo é fascinante, espetacular, empolgante, belo muitas vezes, doentio também em determinados momentos, lírico por instantes, mas essencialmente misterioso, chega a doer na alma cada fragmento de suspense, cada detalhe minuciosamente narrado, então o desejo de saber logo o que vai ocorrer a seguir acelera as batidas do coração e aumenta a adrenalina. O romance é volumoso, mas não há nenhuma frase desnecessária em todo o decorrer de seu conteúdo. As palavras parecem ter sido lapidadas uma a uma para a confecção desse impressionante livro. Carlos Luis Zanón fez um gol de placa ao escrevê-lo. Confesso que o li em dois dias, somente fazendo intervalos quando imprescindíveis e para as atividades inadiáveis do cotidiano. O título, a meu ver, não diz muito nem se mostra muito atraente para quem o vê em alguma estante, todavia basta ler a primeira frase para apaixonar-se.

4 comentários:

Joice Worm disse...

Deixou-me curiosa, Gil.

Marilu disse...

Querido amigo, esse livro deve ser muito bom. Tenha um lindo final de semana. Beijocas

Anônimo disse...

Muito bonito seu Blog, Gilbamar! Ewstou de voltqa, com meu novo Blog e espero sua visita, Abraços da amiga Milla

MOISÉS POETA disse...

MUITO BACANA O SEU BLOG !

ESTAREI SEMPRE POR AQUI!

ABRAÇOS !