quarta-feira, 28 de setembro de 2011

CREPÚSCULOS DESENHANDO O CÉU



Onde se esboçam os sorrisos 
num mundo tao circunspecto 
onde a tristeza impera 
e as virtudes se foram?

Que é dos muitos abraços 
outrora dados fraternos, 
sem resquícios de malícia, 
de doce expressão poética?

Onde andam os beijos sinceros 
sem vis rasgos pornográficos, 
a conter somente estigmas 
de poesia, longe da maldade?

Cadê mãos amigas que afagavam 
sem segundas intenções, 
entrelaçadas tão-somente 
com o fito de servir?

Não vejo ombros amigos 
onde possamos deitar
a cabeça sem receio 
de toques de langor, 
onde os deixamos?

Já não descortino olhares 
que outrora desciam 
sobre nós com a pureza 
do amor altruísta, 
que se deu com eles?

Ficaram apenas como 
recordação aqueles olhares 
de romântica paixão 
que ontem trocavam 
os enamorados?

Sinto deveras saudade 
de românticos luares, 
emocionantes entardeceres, 
lindos crepúsculos 
desenhando o céu.

Gilbamar de Oliveira Bezerra


Um comentário:

Anônimo disse...

Taí!Gostei!Muito Lindo.Tbém. sinto saudades de tudo...Ficaram no Crepúsculo...Obrigada por esse momento....