O NINHO DO SABIÁ - Parte I
Já que impensadamente
Os homens queimam florestas
E embora racionais
Fazem coisa que não presta
Eis que um passarinho
Sem ter onde pernoitar
Numa ousadia sem par
Fez na igreja o seu ninho
O pássaro a que me refiro
Foi um frágil sabiá
Que por não ter outra opção
Na paróquia foi morar
E mesmo não sendo religioso
Mas com seu jeito caviloso
Tentou se acomodar
Sem noção do que fazia
Nem do lugar onde estava
Não sabendo o que é respeito
Nada disso lhe importava
Escolheu para o seu ninho
Entre todas as imagens
Todo cheio de coragem
A da Virgem e seu Filhinho
Com ampla capacidade
E intelecto instintivo
Mediu tudo e avaliou
Se mostrando muito vivo
Então pode concluir
Que o lugar era ideal
Para a construção legal
Nas condições do seu QI
Pipilando em derredor
Todo lépido ele voou
Amealhando fiapos
Galhos secos e sem cor
O material costurando
Apenas o bico usando
Sem diploma de doutor
Ele ia e voltava
Entrava rápido e saía
E na ânsia de construir
Só aquela imagem via
Com os trapos encontrados
Tudo ele foi juntando
Para o ninho ir formando
Um lar para enamorados
Na sua atividade
Por ser ele pequenino
Ninguém lhe dava atenção
Talvez coisa do destino
Sua labuta era tanta
Para tão grande projeto
De fazer um ninho perto
Da cabeça de uma santa
Já que impensadamente
Os homens queimam florestas
E embora racionais
Fazem coisa que não presta
Eis que um passarinho
Sem ter onde pernoitar
Numa ousadia sem par
Fez na igreja o seu ninho
O pássaro a que me refiro
Foi um frágil sabiá
Que por não ter outra opção
Na paróquia foi morar
E mesmo não sendo religioso
Mas com seu jeito caviloso
Tentou se acomodar
Sem noção do que fazia
Nem do lugar onde estava
Não sabendo o que é respeito
Nada disso lhe importava
Escolheu para o seu ninho
Entre todas as imagens
Todo cheio de coragem
A da Virgem e seu Filhinho
Com ampla capacidade
E intelecto instintivo
Mediu tudo e avaliou
Se mostrando muito vivo
Então pode concluir
Que o lugar era ideal
Para a construção legal
Nas condições do seu QI
Pipilando em derredor
Todo lépido ele voou
Amealhando fiapos
Galhos secos e sem cor
O material costurando
Apenas o bico usando
Sem diploma de doutor
Ele ia e voltava
Entrava rápido e saía
E na ânsia de construir
Só aquela imagem via
Com os trapos encontrados
Tudo ele foi juntando
Para o ninho ir formando
Um lar para enamorados
Na sua atividade
Por ser ele pequenino
Ninguém lhe dava atenção
Talvez coisa do destino
Sua labuta era tanta
Para tão grande projeto
De fazer um ninho perto
Da cabeça de uma santa
Gilbamar de Oliveira
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