quarta-feira, 7 de novembro de 2007

MOTE: A saudade dói devagar
Num coração apaixonado


Não é dor que se descreva
Sentir falta de alguém
Mais parece um pesadelo
Ficar longe e querer bem
É um viver amargurado
De nunca a tristeza acabar
A saudade dói devagar
Num coração apaixonado


As lembranças vão chegando
Mas só machuca recordar
É ir abrindo feridas
Que faz a falta aumentar
E o que era um céu encantado
Torna-se um triste pensar
A saudade dói devagar
Num coração apaixonado


Quem ama e está distante
É como se não vivesse
E no tempo que vai passando
A cada dia ele morresse
Seu presente é o passado
Do qual ele vive a lembrar
A saudade dói devagar
Num coração apaixonado


E não adianta tentar
Esquecer essa lembrança
Que vai alimentando
Ainda mais a esperança
De ter sempre ao seu lado
O alvo do seu esperar
A saudade dói devagar
Num coração apaixonado

As horas nunca terminam
Os dias andam devagar
Tudo se mostra parado
O tempo só falta não passar
Viver é um fardo pesado
Para quem vive a chorar
A saudade dói devagar
Num coração apaixonado


Nesse viver relembrando
É visível o sofrimento
No rosto que nada vê
Além do próprio tormento
E o coração desolado
Num ritmo de assustar
A saudade dói devagar
Num coração apaixonado
Gilbamar de Oliveira

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