segunda-feira, 26 de novembro de 2007

PREFIRO SORRIR

Um instante, um sorriso, um aceno. E a vida segue seu rumo na tranquilidade natural das coisas imutáveis. Beijos apaixonados são trocados em meio a juras de amor eterno e promessas de incomparável felicidade. Os impasses nem parecem ser constância na existência humana, tem-se a perfeita impressão de algo completamente coerente a desabrochar a cada cotidiano, quando na verdade não vemos quão desconexa a realidade se mostra, quão horrendo o mundo deseja provar ser. Por vezes, o chorar torna-se tão importante quanto o sorrir, porque as lágrimas ficam represadas à explosão, na ânsia de ir à luz, de expor-se à sequidão do rosto. Se bem eu prefira sorrir e abraçar a alegria cheio de contudente entusiasmo. Contudo, pena, não administro a emoção nem controlo as divergências, pois sou um mero cativo dos sentimentos, simples escravo do coração. Tenho por objetivo o ser feliz bastante, de modo intenso, diário, constante, a exemplo dos meus semelhantes. Quero a simpatia e o carisma do meu próximo, quero a vida abundante de vitalidade, quero crianças encantadas pela bondade que, estou certo, todos os homens podem expressar sem intervalo, sem receio de deparar óbices. A mão suave do amor que me acaricie e me faça adormecer sonhando com anjos voando aos milhares e cantando hosanas. Por favor, gritem suas dores e proclamem seus amores. Nada melhor do que semear sonhos e cultivar realidades ternas, arando o terreno plano da ternura. Acredito na infância, na sua inocência, na beleza que emana de seu olhar ingênuo.Os palhaços que me perdoem, mas não sou adepto do riso pasteurizado, opto pela gargalhada espontânea dos felizes.

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