Ele pulou feito um cabrito
Do lugar onde estava
Segurando um guardanapo
A defesa começava
Mostraria ao desgraçado
Que a honra ali reinava
Com a reação inesperada
Zequinha se espantou
Fez gesto de ameaça
E a peixeira levantou
Mas como se feita de aço
Uma mão forte o segurou
Experiente na arte da luta
Torceu o braço do infeliz
Com o pano tomou a faca
Não matou porque não quis
Aplicou-lhe uma surra
E quase lhe quebra o nariz
Assustado e contorcido
O cabelo todo assanhado
Quase gritando de dor
Tendo o corpo machucado
Zequinha saiu correndo
Pra longe daquele danado
Bom, o assalto foi fiasco,
Mas nem tudo terminou
Pois ao bandido correr
Em sua cola Jonas ficou
E depois de agarrá-lo
De bom jeito o amarrou
Como decente cidadão
Para a polícia ele ligou
Contou todo acontecido
E o meliante entregou
Pensando em voltar a ter
A vida que sempre levou
Este cordel talvez findasse
Com o último verso acima
Mas a vida tem aspectos
Que mudam toda uma sina
E fazem desmoronar
Homens, mulheres e rima
Gilbamar de Oliveira
...continua
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