quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Mulheres de Cabul -
Reportagem
Autora: Harriet Logan
ISBN: 8560302018

Em todas as malfadadas guerras imbecis, como elas realmente são afinal de contas, mulheres e crianças são as personagens que mais sofrem as consequências de seus abomináveis horrores. Obrigadas a permanecer trancadas em seus lares ou a mendigar nas devastadas ruas devido a pobreza extrema, elas passam por martírios e tormentos quase sempre desconhecidos pela história.
Talvez o objetivo precípuo de Harriet Logan, fotógrafa inglesa, seja justamente, no livro em destaque, o de concretizar esses acontecimentos normalmente obscuros nos relatos dos compêndios históricos. Deixá-los quase palpáveis, à vista de todos. Corajosa e dinâmica, ela esteve na Afeganistão quando ainda era uma terra maravilhosa povoada de sonhos, e também depois quando já tiranizada pelos talebans e entrevistou diversas mulheres, obtendo relatos comoventes e estarrecedores. Mesmo ante a possibilidade de serem flagradas contando as terríveis experiências vividas no espaço nuclear dos fatos aterradores que supliciaram os afegãos, as mulheres de Cabul aceitaram o convite da autora fotógrafa e abriram seus corações, e concederam depoimentos emocionantes, alguns deles tão tocantes que por vezes, lendo o livro, estamos às lágrimas sem percebermos. Sua intenção era mostrar ao mundo a triste de desoladora realidade de um páis arrasado tanto pela invasão russa quanto levado ao primitivismo pelo governo taleban.
Tudo é revelado em detalhes por essas intimoratas mulheres, várias delas mutiladas tanto física quanto psicologicamente pela perda de maridos e filhos, pelos abusos que sofreram, pelas feridas na alma que jamais cicatrizarão. A realidade das mulheres de Cabul é exposta de maneira profundamente explícita, sem maquiagens nem retoques. O que cada uma delas falou para a fotógrafa britânica foi registrado como se numa gravação que pudéssemos ouvir através das frases contidas no livro. Os olhos melancólicos dessas mulheres valentes, exibidos em fotos corajosas, sem burkas, sem peias, conquanto o medo prevaleça em muitos rostos, parecem dizer muito mais que as próprias palavras.
Mulheres de Cabul é um livro reportagem para ser lido tanto por mulheres quanto por homens do Ocidente que acreditam nas possibilidades do que pode ser feito pela liberdade de todos os seres humanos em qualquer pátria e na solidariedade que nos leva a denunciar ao mundo os atos escabrosos de tantos homens governantes que escravizam homens e mulheres indefesos sob a força do horror e do pavor.
**********
A todos os amigos que me dedicaram selos e outros mimos venho expressar meus sinceros agradecimentos. Não os esqueci de postar, farei isso em breve. E podem ficar seguros de que fiquei deveras lisonjeado por ter sido lembrado por todos vocês. Muito obrigado. De coração.

24 comentários:

Vanessa Greenway disse...

Ola Gilbamar! Estou aqui esquentando o lapis ou emlhor dizendo o teclado para mais uma nova traducao, com sua autorizacao e claro. Espero que as coisas estejam bem por ai. Um forte abraco, da amiga, Vanessa.

Pato´s disse...

lINDO RELATO !ES UN PLACER VOLVER A LEERTE QUERIDO AMIGO!

BESITOS GILBAMAR QUE ETNGAS UN GRAN DÍA SALUDOS A TU FLIA:)

Anônimo disse...

Bom dia,meu Amigo.Que bom trazer este depoimento aqui.Conheço o tema
E incomoda-me e entristece.
Beijo.
isa.

Cynthia disse...

Gracias por tu compañia.. y tus palabras tan bellas siempre en mi blog.. es un placer haberte encontrado en este camino que nos inspira y nos une, el de las letras.

besos muchos mi querido amigo.!!!

FERNANDA-ASTROFLAX disse...

OLÁ QUERIDO GILBAMAR, BELA CRÓNICA, ADOREI O TEMA... UM ABRAÇO DE CARINHO,
FERNANDINHA

Vanessa Greenway disse...

Oi, eu outra vez, acabei de dar uma "passadinha" no blog de sua esposa. Que blog adoravel!! Bom, escolhi o poema "Deixe-me levar pela Brisa". Fiquei lendo varios ate altas horas ontem a noite... Quanto ao livro, seria uma otima ideia! Na verdade eu estou mesmo pensando em fazer um dia da semana a "Traducao do dia". Poderia ser uma pagina por semana. Vamos "amadurecer" a idea, ok?
Obrigada por oferecer lindos poemas aos leitores. Um abraco!, Vanessa

•.¸¸.ஐJenny Shecter disse...

Reportagem fantástica, nossa!
Adorei mesmo!
Beijos e borboleteios

Atreyu disse...

Belo texto viu!
Massa o blog! =D

Eu disse...

Fantastica a postagem!
Acabou me convencendo a ler o livro.
Vou comprar um e depois de ler te conto o que achei.

Um abraço carinhoso

Carmem Dalmazo disse...

Boa tarde meu amigo Gilbamar...venho agradecer tua visita e teu comentário em meu cantinho...e dizer tbm que faz lindos posts...adoro ler tudo!...
Grande abraço e volte sempre que quiser tá bem?...

Bjinho

Unknown disse...

Caro Gilbamar,
uma crónica interessante, com um tema triste, que sempre nos recorda acontecimentos angústiantes mas verídicos.

Beijinhos,
Ana Martins

pico minha ilha disse...

Um livro reportagem, acho bem e o tema das mulheres também.Abraço

Café da Madrugada® Lipp & Van. disse...

É tão triste e angustiante, que só pelos relatos desse artigo meu coração já aperta!

Café da Madrugada® Lipp & Van. disse...

xD

Pena disse...

Talentoso Amigo:
Uma menagem muito significativa do seu sensível sentir.
Enternecedor. Lindo...Puro...!
Este poema fascina e delicia.
"Postado" com imensa ternura e carinho.
Pura e simplesmente, sublime...!
Vivifica instantes ímpares. Únicos. Lindos...de maravilhar!
Um sentimento enorme fabuloso.
Abraço de respeito, estima e com imensa consideração.
Com amizade, veneração e cordialidade...

pena

Ou também já o esqueceu...???

Ħαррy єyєs disse...

gracias por comentarmeee

un besito muy grande!

Unknown disse...

parece muy bueno lo que has pensado en recomendarnos!!!!!!!!
gracias, querido amigo

un abrazo enorme

Paula Barros disse...

A forma que descreve o livro desperta interesse para ler, e para ler com um olhar observador e crítico.

abraços e ótimo final de semana.

Unknown disse...

ola
passei por aqui para desejar bom fim de semana
beijinhos

Liliana G. disse...

Después de este reportaje uno se queda con las ganas de leer el libro.
También leí con agrado las impresiones del viaje que hicieras con tu esposa a Buenos Aires. Les agradezco tanta euforia y tan bellas palabras.
Un hermoso blog. Gracias por pasar por el mío.
Un fuerte abrazo, Gilbamar.

La música me ha transportado a viejas y hermosas épocas. ¡Maravillosa!

Gabiprog disse...

El más débil nunca cae de pie…

Un abrazo!

BC disse...

E a guerra é sempre uma outra luta pela qual nós temos que "lutar", até acabar.
Num destes dias tenho preparada também uma publicação sobre essas mesmas guerras que teremos que vencer algum dia!!!!!
Obrigada pela sua preocupação respeitante à minha doença que não foi mais que uma marota tensão que elevou de repente e muito.
Abraço
Isabel

Níyume disse...

Estoy de regreso querido amigo.
Qué bueno encontrarte y poder leerte.
Abrazos para ti y la bella Ana.

Naiba disse...

Hola Gilbamar

Interesante y delicado tema.En ese país en guerra desde 1 979,la mujer está sometida actualmente a una ley implacable. En donde han arreciado las prohibiciones sobre una población femenina desarmada y atemorizada. Prohibición de pasear solas por las calles: como fantasmas, las mujeres avanzan rozando las paredes en grupos de dos o de tres, ocultas bajo el chadri, un velo total que sólo deja pasar su mirada a través de una rejilla de tela. Prohibición de trabajar, de estudiar. Y, colmo dé males, de recibir atención médica en los hospitales públicos. Desde 1997 sólo tienen acceso a las clínicas privadas que no pueden pagar o a un hospital destartalado, sin agua, sin electricidad, sin calefacción y sin quirófano. En otras palabras, un sitio al que sólo se va a morir.

Saludos.