O vaqueiro vai correndo
na caatinga do sertão
pelo rosto escorrendo
suores, amor e paixão
O cavalo esbaforido
não demonstra seu cansaço
e nesse instante sofrido
mostra que é feito de aço
Bem à frente o boi fugindo
entre espinhos e galhos
tá com medo, vai mugindo
na poeira dos atalhos
Brilha o sol esturricando
lá no espaço distante
onde toca vai queimando
do seu jeito arrogante
Ele vê essa disputa
entre vaqueiro e animal
assistindo toda luta
do seu trono magistral
A perseguição continua
deixando poeira no ar
o vaqueiro mete a pua
para o cavalo voar
Coberto por seu gibão
todo de couro curtido
levando seu laço na mão
só enxerga o boi fugido
Embora tão protegido
por essa roupa de couro
já tem sangue escorrido
mas nada que dê desdouro
É que ele se esgueira
curvado na montaria
pelos galhos, na poeira,
sofrendo tanta sangria
Pelos caminhos estreitos
por onde tem de passar
árvores batem nos peitos
fazem seu rosto sangrar
Mas esses ferimentos
nem parecem existir
fazem parte do momento
ele não está nem aí
Somente lhe importa o boi
que precisa alcançar
para isso que ele foi
aquele infeliz caçar
Mas eita bicho arisco!
Segue na frente zunindo
como se fosse um risco
no arvoredo sumindo
Contudo o bravo vaqueiro
esporeia a montaria
que corre mais ligeiro
pela seca pradaria
O laço rodopia no ar
na mão que o vai girando
o cavaleiro o faz voar
e logo o boi vai laçando
Após a missão cumprida
e agarrado o boi fujão
este sem outra saída
se deixa levar pela mão
na caatinga do sertão
pelo rosto escorrendo
suores, amor e paixão
O cavalo esbaforido
não demonstra seu cansaço
e nesse instante sofrido
mostra que é feito de aço
Bem à frente o boi fugindo
entre espinhos e galhos
tá com medo, vai mugindo
na poeira dos atalhos
Brilha o sol esturricando
lá no espaço distante
onde toca vai queimando
do seu jeito arrogante
Ele vê essa disputa
entre vaqueiro e animal
assistindo toda luta
do seu trono magistral
A perseguição continua
deixando poeira no ar
o vaqueiro mete a pua
para o cavalo voar
Coberto por seu gibão
todo de couro curtido
levando seu laço na mão
só enxerga o boi fugido
Embora tão protegido
por essa roupa de couro
já tem sangue escorrido
mas nada que dê desdouro
É que ele se esgueira
curvado na montaria
pelos galhos, na poeira,
sofrendo tanta sangria
Pelos caminhos estreitos
por onde tem de passar
árvores batem nos peitos
fazem seu rosto sangrar
Mas esses ferimentos
nem parecem existir
fazem parte do momento
ele não está nem aí
Somente lhe importa o boi
que precisa alcançar
para isso que ele foi
aquele infeliz caçar
Mas eita bicho arisco!
Segue na frente zunindo
como se fosse um risco
no arvoredo sumindo
Contudo o bravo vaqueiro
esporeia a montaria
que corre mais ligeiro
pela seca pradaria
O laço rodopia no ar
na mão que o vai girando
o cavaleiro o faz voar
e logo o boi vai laçando
Após a missão cumprida
e agarrado o boi fujão
este sem outra saída
se deixa levar pela mão
7 comentários:
Adorei a saga do boi fujão, essa escrita em forma de cordel é bem interesante, me faz lembrar as histórias q minha mae me contava...e q eram tiradas dos livros de cordel...abraços
(“)_(“).-“”’-.,/)
; ° ° ‘; - ., , ‘ )
(♥_, )’__,)’-._)
QUE DISFRUTES DE UNA LINDA SEMANA
CHRISTIANN
Olá, amigo!
Excelente o "BOI FUJÃO". Amei o fecho.
Uma ótima semana!
Fraternal abraço.
Olá meu caro poeta, vc escreveu uma espécie de conto em forma de poesia, em versos trovados. Gostei muito ! Meu carinho.
Amei o poema do boi fujão.
Tenha sonhos realizáveis.
Beijinhos!
Adorei a poesia bem nordestina.
Beijos.
Oi, Gil,
eu sou nordestina e amo o som de aboios, as cantorias dos vaqueiros, já gostei (hoje não mais) de ver vaquejadas e as carreiras de caça aos bois fujões.
Belíssimo texto.
Cultura, pura cultura, e pé no chão e sela, gibão e o homem vaqueiro do sertão.
Abraços, Gil.
Fica bem,
Mai
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