quarta-feira, 5 de agosto de 2009

GRÃO DE AREIA

Sou apenas pétala de uma rosa morta
tão-só fraca brisa desmanchando no ar
simulacro de riso da Moura Torta
pedaços de mi mesmo jogados no mar

No tiroteio da vida pobre cego
arremedo de poeta desprezado
sim, sou esse zero à esquerda, não nego
como anjo pelo céu abandonado

A indiferença, contudo, me ensinou
que se pedras também acham seu caminho
assim ocorre com o homem que vence a dor

E mesmo sendo um grão de areia no chão
talvez simples ramo que forma um ninho
sou um fragmento da mais bela construção

4 comentários:

Raquel El-Bachá disse...

Lindo! Todos nós somos pequenos grãos de areia e fazemos a diferença sesse mundo.
Beijos.

Unknown disse...

hermosos versos, como siempre!!!!!!!!!!
tus palabras engalanan la red..
te felicito,amigo...

muchos besosss

Anônimo disse...

Gil,que beleza de poesia!Um grão de areia somos todos fazendo parte desse grande Universo!Vi que colocou a Lenita por aqui tb! Muito obrigada por esse carinho!Abraços,

Paula Barros disse...

Indiferença é um tema que preciso trabalhar em mim.

Gostei de ler a indiferença de forma poética, e lembrando que temos força para vencer.