Sou apenas ponto de interrogação
na gramática humana distorcida
já fui outrora traço de exclamação
mas tornei-me pingo no termo da vida
Também estou no dicionário: eu ninguém
aquele poeta que o mundo nunca leu
simples escritor jamais lido por alguém
raiz quadrada que o aluno esqueceu
Um livro na estante abandonado
que leitores não quiseram manusear
e desse modo ficou lá, empoeirado
Mas esse ponto, velho livro que rasgou
mera poeira que o vento jogou no mar
quis ser poeta e desprezado escritor
na gramática humana distorcida
já fui outrora traço de exclamação
mas tornei-me pingo no termo da vida
Também estou no dicionário: eu ninguém
aquele poeta que o mundo nunca leu
simples escritor jamais lido por alguém
raiz quadrada que o aluno esqueceu
Um livro na estante abandonado
que leitores não quiseram manusear
e desse modo ficou lá, empoeirado
Mas esse ponto, velho livro que rasgou
mera poeira que o vento jogou no mar
quis ser poeta e desprezado escritor
Gilbamar de Oliveira Bezerra
3 comentários:
Gilbamar! Como estás? :)
Sempre usando muito bem as palavras! Adorei! Todos nós somos um pouco de tudo, depende da fase que estamos a viver! Todos nós já nos sentimos um poeta esquecido!
Beijos!
Belo poema, amei!
Posso levá-lo para o Atelier das Poesias?
Beijinhos de luz!
Lindo poema.
Muito bom mesmo, engrandecedor.
Abraços e parabéns
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