domingo, 18 de setembro de 2011


Que me resta de ti 
senão apenas resquícios 
de beijos fugidios, 
olhares inesperados, 
amplexos delicados, 
sorrisos parcos, tímidos? 
Ah, tão pouco tenho
do mínimo que de ti
alcancei receber
nos súbitos momentos
que para mim foram 
os melhores, eternos.
Desde então, contrito,
meu coração naufragou 
num oceano de saudades 
e deriva nesse mar de
intensa solidão.
Foste em minha tristeza
súbitos impulsos risonhos,
fragmentos de agonia,
manancial de doçura,
mas agora és o ontem,
respingos de saudade, 
poeiras de antigamente.