VAI, SOFREDOR
Disse ao mendigo a ingrata vida:
Vai, desvalido, cumpre teu vil destino
Teu viver será de fome desmedida,
De dor sobremaneira, de desatino
Tua mão calosa se estenderá a pedir
Teu rosto esquálido jamais sorrirá
Desolado serás agora e no porvir
Esperarás por auxílio que não virá
Amor por ti não haverá quem tenha
És mero incômodo, fogo sem lenha
No frio da noite faltará a ti o calor
No contar de tua simples existência
Serás alvo de pena e indiferença
Vai cumprir teu destino pobre sofredor!
Gilbamar de Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário