terça-feira, 13 de maio de 2008

É SEMPRE BOM REGRESSAR!


Estou de volta, graças a Deus. Claro, evidentemente ainda bastante arrebatado pelo encantamento do maravilhoso passeio a três países da América do Sul. As emoções persistem como se por lá eu permanecesse e continuam fluindo na mesma intensidade dos momentos vividos e embalados por esse sonho concretizado. Pisei terras argentinas, uruguaias e paraguaias, caminhei por ruas e avenidas que não conhecia, frequentei cafeterias nas esquinas de Buenos Aires, deliciei-me com o o sorvete mais gostoso do mundo - segundo todas as opiniões que li a respeito -, o famoso sorvete Freddo, degustei vinhos de qualidade e sabor inigualáveis, apreciei a carne saborosa dos restaurantes de Puerto Madero e Palermo, vivenciei as delícias de Punte Del Este e testemunhei coisas, fatos e imagens jamais vistas antes. Cada detalhe de instantes interessantes, engraçados ou tragicômicos procurarei descrever nas minhas próximas crônicas. O arquivo de minha mente parece grávido de tão cheio, prestes a explodir, por assim dizer, tal o incomensurável tamanho das novidades acumuladas ao longo dessa jornada iniciada dia 03/05. Sim, tudo bem, teve o chatíssimo problema da internet interrompida por complicações técnicas causadas por meu provedor, o que me fez ficar em off tanto antes da viagem quanto depois que cheguei. Precisei gastar inúmeros telefonemas e muita saliva, ficar irritado e estressado para, depois de um longo e tenebroso inverno, finalmente conseguir a ansiada paz com a net e, desse modo, navegar tranquilamente pelas águas literárias do Recanto das letras. Voltei. E voltei, penso, transbordando gás. Pelo menos assim me parece, dada a vontade de aboletar-me diante do computador e expressar calmamente todas as minhas impressões após dias de deslumbre descortinando o inusitado e o nunca visto antes. Escrevo agora quase correndo, as palavras se juntando depressa como num filme em câmara rápida e formando frases que não estou lendo antes de publicar. Quero ir pontilhando minha escrivaninha com a essência dos frutos desfrutados nesses dias diferentes e belos. Sim, belos! Porque vi pores-do-sol excepcionais, radiantes; vi noites vestidas de luzes e cobertas pelo êxtase lunar; vi amanheceres indizíveis em que o sol atrevido penetrava as águas plácidas do Rio de La Plata e desenhava um quadro de dimensões românticas impossível de declinar; e tiritei de frio, sob menos três graus de temperatura, olhando as folhas dos plátanos caindo sobre a terra e enchendo as calçadas porque é outono naquelas paragens tão próximas da Patagônia. Apenas uma nota triste a lamentar: argentinos e uruguaios fumam como loucos alucinados, enchendo suas lindas cidades com essa fumaça venenosa que se entranha nos cabelos e nas roupas de quantos por eles passem. Mesmo odiando o cigarro com todas as minhas forças como realmente odeio, durante esses dias fui um infeliz fumante passivo. Talvez por essa razão jamais queira retornar principalmente a Buenos Aires e Montevideu. Malgrado a beleza especial portenha. Argentinos e uruguaios que me perdoem, mas muitos de vocês morrerão de câncer por causa do cigarro. Infelizmente.

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