terça-feira, 28 de julho de 2009

VAI, VENTO, E VOLTA!


Nas muitas curvas da vida
traz, vento, notícias dela,
quiçá ao menos um pouco
do perfume que banha
a maciez do seu corpo.
Beija por mim aqueles
cabelos revoltos
emoldurando-lhe o rosto,
acaricia-lhe os lábios
carnudos saborosos,
leva meu cheiro até ela
para que lembre de mim.
Perpasse suavemente
por entre os dedos
de suas mãos aveludadas,
segurando-os como se
eu estivesse lá, à guisa de mim,
não sendo eu, mas como se fosse
e, na volta, traga-mas
para que eu as afague
e sinta novamente o calor,
o pulsar, a tenra textura,
o fluir da sua meiguice.
Vai, vento, e volta,
que eu contigo vá,
que ela em ti venha.
Vai, vento e volta!

5 comentários:

Carmem Dalmazo disse...

Que poema bonito!...
Parabéns Gilbamar por mais este soltar das palavras e sentimentos de tua alma que nos encanta!

Beijo

Unknown disse...

Que lindooooooooooo!

Beijinhos,
Ana Martins

Úrsula Avner disse...

Caro autor, um mimo de poesia oranamentada por delicada imagem. Um abraço.

Josselene Marques disse...

Caro amigo:

Simplesmente encantada!
Parabéns!
Fraternal abraço.

Meg disse...

" Galante conquistador, dispersando o pólen das flores, o vento faz uma boda universal"
Ramón y Campoosorio
Lindo poema!
Abraço
Meg